Quando entramos num estágio de nossas vidas em que nos integramos a uma determinada realidade que não desejamos modificar, sedimentamos o nosso campo energético. Os nossos anseios, dramas, sentimentos e principalmente pensamentos, formam um conjunto de emanações energéticas de diferentes graus, que formam um emaranhado, nos encaixando em diversos níveis de frequencia.
Ao desencarnarmos, nossa alma ou "espírito" como alguns gostam de chamar, às vezes não percebe o desligamento do corpo físico, mas a mente, a imaginação e as sensações dos recém saídos do corpo, se potencializam, pois esses não mais possuem todos os órgãos do corpo carnal em pleno funcionamento. Até que aprendamos a desligar dessas necessidades e acostumar com a falta de um corpo, leva algum tempo.
Qual a diferença entre alma e espírito?
Vários mestres religiosos tentaram explicar a diferença entre um e outro. Na maioria das explicações, as definições estabelecidas esclarecem que o espírito é o nível energético de conhecimento do todo, e esse, absorve todos os conhecimentos que a alma residente num corpo físico, foi capaz de vivenciar durante várias encarnações. Por essa razão, muitas pessoas possuem talentos natos.
O espírito por sua vez, habita os campos energéticos de conhecimento, nos quais estão armazenadas as experiências de todos os elementos de graus variados, por exemplo: Um sujeito teve várias encarnações, numa foi médico, noutra foi músico, em outra um camponês... em uma de suas vidas ele amou, constituiu família e morreu velhinho; em outra encarnação, desenvolveu as artes, mas não foi autodidata, teve que aprender, estudar e se dedicar muito, mas por um desequilíbrio qualquer matou alguém ou foi morto e teve que conviver com as energias das desavenças e dos empecilhos... Nessas duas encarnações, ele experimentou todos os resultados de suas ações, e os mais diversos sentimentos e tipos de emoções. Todo esse conhecimento ficou registrado no seu espírito que é uma centelha do que os mestres cristiciístas chamam de "Força Concentrada dos Elementos de Grau" .
Esse hipotético indivíduo do nosso exemplo, na programação de sua próxima existência, talvez venha a nascer na família de quem ele matou na encarnação anterior, poderá ser uma criança com dons artísticos e aprenderá sozinho a tocar o seu instrumento musical preferido, mas dessa vez não será necessário se esforçar tanto, porque o seu espírito, já é conhecedor das artes irá intuí-lo, porque adquiriu a essência desse conhecimento na sua vida anterior. É bem possível que esse personagem também tenha facilidades em cuidar de pessoas e entender as suas dores físicas, pois também foi médico nas encarnações anteriores... Por isso encontramos com pessoas que chamamos de inteligentes porque têm facilidade de fazerem várias coisas. Esses seres são espíritos mais velhos que já reencarnaram diversas vezes e por isso possuem maiores habilidades.
Por que temos que ter cuidado com a sedimentação do nosso campo energético?
Porque tudo aquilo do qual não conseguimos nos desapegar ficará impregnado em nossa alma no momento em que desencarnarmos. Durante a nossa vida, esquecemos que somos espíritos vivendo em um corpo físico e passamos a maior parte do nosso tempo nos preocupando apenas com a manutenção desse corpo. Algumas pessoas chegam a exagerar com os cuidados com a estética e aparência esquecendo-se de cuidar da alma que anima o corpo. Quando desencarnam não sabem como agir fora do corpo e é aí que começa a confusão até que consigam receber a orientação espiritual.
Quando uma pessoa está à beira da morte, por idade avançada ou consciente de que tem alguma doença degenerativa, o seu próprio espírito começa a preparar o estado psíquico da sua alma para o desencarne. Podemos observar esse fato quando um idoso põe-se a esquecer das coisas que possui, das pessoas à sua volta e também torna-se um ser mais amável e compreensivo; ou, aquela pessoa que já foi diagnosticada por alguma doença e passa a perdoar as antigas desavenças e valorizar a companhia e o afeto improváveis se estivesse são e salva.
O nosso espírito possui um mecanismo de defesa que tenta nos proteger, alertar e advertir quando algo está para nos acontecer. Na maioria das vezes não conseguimos perceber essas intuições porque estamos intimamente barulhentos, agitados e tumultuados de coisas materiais para fazer. Nos ocupamos a maior parte do tempo com gatilhos mentais inúteis, através de modismos e futilidades externas, que nos distanciam do nosso interior e nos impedem de perceber os sinais que o nosso espírito envia constantemente. Essa falta de percepção nos coloca num estado de desequilíbrio constante, nos fazendo oscilar entre realidades dimensionais diferentes e é aí que mora o perigo!
Vamos supor que você está atravessando a rua agitado após ter saído do trabalho, já cansado, correndo, ao atravessar a rua apressado para ir à faculdade é atropelado por um veículo que você nem mesmo percebeu... Nesse momento, você sofreu um impacto que te empurra e derruba, xinga o motorista, mas você está com muita pressa, então, se levanta do chão e continua andando porque está muito focado em chegar rápido ao seu destino; sai depressa e vai embora, mas não percebe que o seu corpo foi atingido com tamanho impacto, que ficou estirado, morto no chão... Ao entrar na faculdade, você entra na sala, ninguém te vê ou escuta e aí você se dá conta que existe algo diferente... nesse momento percebe que acabou... e agora? Está vivo, mas não consegue mais se fazer ouvir ou mover algo, porque não possui mais aquele corpo...
O desespero em ter que lidar com algo fora do nosso controle já é assustador sem as nossas faculdades mentais e cognitivas em funcionamento, imagine sem essas ferramentas do aparelho físico? A falta de percepção da mudança de condição de um estado físico para um campo dimensional, cria um looping energético descontrolado com distorções da realidade dentro do espaço e do tempo. Sem o cérebro, restam as informações que estão armazenadas no nosso espírito e a nossa alma desprendida do corpo recém morto não está devidamente treinada para a nova experiência, porque ao longo dos anos não nos preparamos para isso, sendo assim, demoramos ou nem mesmo conseguimos sintonizar com o nosso espírito também conhecido como o "EU INTERIOR".
Essas alterações sensoriais provocam as alucinações que nos deixam presos num estágio alternativo de existir e não existir ao mesmo tempo. Na inconformidade da suposição de uma inexistência, numa reação de auto defesa, intuitivamente plasmamos na nossa imaginação perispiritual algum pensamento que nos dê a sensação de sentirmos emoções e ainda estarmos vivos, mas o nosso bem estar dependerá do grau de evolução em que estivermos no momento desse desencarne.
Sem o peso do corpo físico para nos manter no chão, nossa alma sutilizada adquire a velocidade da luz e a consciência extrafísica é capaz de perceber os campos dimensionais em frações de segundos, mas como estamos descontrolados, naturalmente somos magnetizados para as energias do descontrole ficando como joguetes de um lado para outro até conseguirmos fixar num determinado ambiente energético.
Recém desencarnados avisados, como os idosos e aqueles que já esperam pelo dia da sua morte, perceberão o seu verdadeiro estado e conseguirão se adaptar sem susto às novas condições, pois como o desencarne já está previamente planejado, esse terá consigo amigos espirituais que estão dentro da mesma faixa vibratória, porém em graus mais elevados. Já os desavisados e desprevenidos terão uma dificuldade maior e ficarão muito confusos e inconformados, normalmente sendo recebidos também por outros espíritos das faixas vibratórias em consonância com as suas vibrações energéticas, esses seres espirituais poderão estar também revoltados, nervosos e malfazejos.
O que fazer para não sedimentar o nosso campo energético?
Ao longo das nossas trajetórias, vivenciando muitas vidas e experiências, nosso espírito que pode ser comparado ao cérebro da nossa alma, guarda em seu banco de dados, tudo aquilo que atestamos no decorrer do período da nossa existência. Ao completarmos o nosso ciclo de vida, levamos conosco todo o nosso aprendizado, na maioria das vezes, embaralhado como se fosse um baralho virado do avesso. Se desencarnamos numa situação inesperada em que não tivemos tempo para refletir as consequências dos nossos atos, somente após o socorro espiritual pós desencarne é que vamos relembrar como organizar essas informações; mas quando desencarnamos idosos, quase sempre tivemos tempo suficiente para fazermos essas reflexões, recebendo assim, o amparo dos nossos guias espirituais com muito mais agilidade, muitas vezes, quando isso acontece nosso inconsciente já está preparado para aceitar o amparo no momento da partida, quase sempre com a presença de algum amigo que reconhecemos dessa ou de outras vidas.
Os traumas gerados espontaneamente na nossa vida ou de terceiros, ficam sedimentados como se fossem manchas na nossa alma. Se uma pessoa sentir extrema culpa por algo que tenha feito de errado e não se perdoar, essa energia da culpa em determinada frequência, vai magnetizar essa alma e prendê-la naquele estado emocional. Os relatos psicografados por espíritos que passaram pelo umbral descrevem esse estado psíquico. Em todos os relatos, as almas dos desencarnados encontram o socorro dos espíritos superiores somente quando se acalmam e se perdoam. E por que se perdoam? - Porque sofrem a autopunição até que chegam a conclusão de que enfim merecem perdão por terem sido punidos o suficiente pela culpa.
Se sentem apego pelos familiares ou bens materiais, procuram incessantemente por eles. Alguns aprendem a construir realidades alternativas acessando o campo das ilusões, e, como desencarnados, obtém maior poder de criação dos conhecimentos acumulados pelo seu espírito somado à todos os outros que fazem parte daquela determinada frequência vibratória.
Existem espíritos que ainda estão presos em frequências que contém as informações de épocas antigas. Eles se materializam para médiuns videntes, com roupas, costumes e linguajar da época em que ficaram sedimentados. Recentemente um médium vidente estudioso dos fenômenos paranormais, ao visitar uma mansão abandonada, viu uma dama que o recebeu vestida com roupas do século XVIII e ela o atendeu como se ainda morasse ali, dizendo que iria lhe apresentar as dependências da casa. Aquela senhora ainda não havia se dado conta de que tinha desencarnado e vivia na sua antiga mansão, que ela própria materializou como se fosse quando ainda estava viva, em sua mente espiritual, permaneceu ali, numa realidade paralela, sem perceber que tudo havia mudado, mesmo assim, ela interagiu com o médium sem perceber que os dois estavam em realidades diferentes. Por se tratar de uma mansão abandonada, aquela alma não estava prejudicando ninguém a não ser a si mesma, pois esse processo a prendeu de um modo que não conseguiu evoluir nos últimos séculos. Sabe-se lá até quando ela vai estagnar nesse ciclo. Muitas almas permanecem nessa situação, porque não acreditam que exista uma força superior capaz de movimentar a energia criativa. Quando se cansarem dessa situação e meditarem a respeito de seu estado, perceberão seres superiores que virão ao seu auxílio para ajudar a mudar de padrão vibratório no qual passarão a enxergar as outras realidades. No caso do nosso exemplo, a alma da senhora não queria enxergar a ajuda dos espíritos socorristas, mas enxergava o médium encarnado, porque era o que estava mais próximo da sua realidade no seu grau vibratório, similar ao da vida terrena.
Quando nos desapegamos de certas mágoas, rancores, vaidades e bens materiais, acessamos as frequências vibratórias superiores, mais leves, onde estão as informações dos que já acumularam conhecimentos suficientes para a sua elevação de grau, descortinando outras opções para a atuação do nosso processo evolutivo. Não queremos dizer com isso que devemos doar todos os nossos bens ou viver uma vida desconfortável, mas que precisamos ter a consciência de que tudo o que temos não é realmente nosso, é apenas um empréstimo para que possamos fazer bom uso enquanto estivermos por aqui. Nada de material que temos aqui levaremos conosco quando partirmos, nem mesmo o nosso corpo. Levaremos algumas lembranças e os conhecimentos adquiridos com as nossas ações e os exemplos dados pelos nossos companheiros durante a jornada terrestre. Se ao partirmos, livres dos sentimentos que nos magnetizam às frequências mais densas, seremos leves o suficiente para sermos magnetizados pelas energias sutis, claras e luminosas, que nos ajudarão a elevar cada vez mais o nosso padrão evolutivo.
Qual a prova de que tudo isso existe?
Olhe ao redor, se não houvesse movimento do bater de asas das centenas de milhares de aves e borboletas, não haveria brisa. Se não houvesse movimento do planeta, dos animais no fundo dos oceanos, não haveriam ondas no mar. Se a sociedade não vivenciar todas as experiências que fazem parte do seu aprendizado, estagnamos no tempo e sedimentamos o nosso campo energético.
Existem sociedades que ainda vivem como no tempo de Maomé, com suas leis e conceitos primitivos que desrespeitam a individualidade humana.
Ainda estamos longe de atingir um patamar aceitável de evolução, onde as pessoas tenham consciência do quê e como fazer. Estamos errando ao longo das eras, mas mesmo assim, aprendendo e aos poucos modificando a sociedade. Isso só é possível porque renascemos trazendo conosco a bagagem dos nossos aprendizados e repassamos conhecimentos mais evoluídos de geração à geração.
É algo que a ciência ainda não consegue comprovar, mas existe. Os macacos viviam na mata com dificuldade para conseguir alimentos, até que um dia, um deles deixou cair um coco que facilmente rachou numa pedra, foi quando ele descobriu que uma pedra abre um coco e ele desfrutou da fruta com muito mais facilidade. Seus sucessores chegaram a criar ferramentas como machados e martelos e que foram encontrados recentemente em expedições arqueológicas. Isso é sinal que evoluíram e a prova de que todas as experiências ficam armazenadas no registro akashico que os nossos espíritos acessam, é que foram identificados a similitude de descobertas iguais em pontos longínquos do planeta.
Os felinos sabem naturalmente que precisam se alimentar de outro mamífero da vizinhança e que quando mordem a jugular da presa, conseguem matar mais rápido e com muito mais facilidade abreviando o sofrimento da sua vítima.
Os pássaros e peixes se ajudam mutuamente se agrupando para parecerem grandes aos olhos de outros caçadores da sua cadeia alimentar.
Num pé de Ipê, embora todas as flores sejam parecidas, nenhuma flor é igual a outra.
Num punhado de areia ampliado centenas de vezes na lente, existem formas incríveis de conchas e estrelas, mas nenhuma é igual a outra.
Grãos de areia ampliados 300 vezes |
Enfim, somos todos indivíduos terráqueos constituídos de elementos energéticos, vibratórios de graus diferentes, porém nos agrupamos e vivenciamos as experiências disponíveis nos campos de conhecimento de todos os elementos que estão no mesmo grau que o nosso.
Por essa razão, a maioria dos seres humanos principalmente, são bipolares. Hora estão de bem com a vida, outrora mal humorados e assim, pulamos de graus energéticos várias vezes ao dia.
Já reparou que os monges tibetanos, padres e esotéricos são bem mais calmos? Eles conseguem essa façanha porque se isolam das agressividades do meio ambiente. Eles evitam o convívio com outros seres, a fim de se protegerem da oscilação de seus graus energéticos.
Como posso melhorar o meu grau energético?
Fazendo na medida do possível como os monges (risos)... Desfoque a atenção em tudo o que for desagradável e que você não possui o poder de mudar. Exemplo: Você consegue impedir que aquele prédio que desabou e matou dezenas de pessoas volte no tempo e evite o acidente? Então para quê ficar assistindo o sensacionalismo da TV que mostra a cena do desabamento repetidas vezes?
Cada vez que você repete a cena, acessa o grau energético do desconforto, medo, revolta, tristeza, pânico, entre outros...
Já que você não pode mudar a situação, feche os olhos, respire fundo e faça uma oração para as vítimas, envie mentalmente o seu amor e o seu abraço fraternal para os parentes das vítimas, mas evite ficar sintonizando com a tragédia, porque essa está em outro grau vibratório inferior e não lhe trará nenhum benefício.
Nós, meros mortais, que somos atacados o tempo inteiro pelas notícias desagradáveis, inseguranças e relacionamentos tóxicos, sofremos todo tipo de magnetizações, mas estamos aqui para aprendermos a lidar com isso. Essa é a nossa principal tarefa de vida! Se vamos passar na prova? Vai depender do quanto estamos dispostos a estudar...