NOSSOS VÍDEOS

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Magnetização dos Neurônios à Luz da Perspectiva Cristiciísta: Uma Abordagem Espiritual à Consciência



Por Claudia Souza


No mundo em constante evolução da ciência e espiritualidade, a conexão entre o funcionamento do corpo humano e sua ligação com dimensões mais sutis da existência tem sido um tópico de interesse crescente. Uma das figuras proeminentes que mergulhou nessa interseção é o mestre cristiciísta Adylson Godoy. Sob a lente do cristiciísmo, a magnetização dos neurônios ganha um novo significado, refletindo uma abordagem que transcende as fronteiras da ciência convencional. O cristiciísmo é uma filosofia espiritual que considera a vida e a consciência como partes de um tecido cósmico interligado, onde a energia e a espiritualidade se entrelaçam. Nessa perspectiva, a magnetização dos neurônios é vista como uma expressão da influência das forças sutis do universo sobre a mente humana.

Segundo o mestre Adylson Godoy, cada neurônio é uma fonte de energia que emana vibrações eletromagnéticas sutis. Essas vibrações não são apenas o resultado de processos bioquímicos, mas também refletem a interação entre a mente e as dimensões espirituais. Através de práticas de meditação e sintonização, os indivíduos podem aumentar a ressonância dessas vibrações, levando a um estado de magnetização mais elevado. A magnetização dos neurônios, de acordo com a perspectiva cristiciísta, não se limita ao corpo físico. Ela transcende a matéria e está intrinsicamente ligada à alma e à consciência. O mestre Godoy acredita que, à medida que os neurônios se tornam mais magnetizados, a mente humana se torna mais receptiva às influências espirituais positivas. Isso resulta em uma ampliação da consciência, permitindo que os indivíduos acessem insights profundos, intuições e até mesmo estados de iluminação.

A prática da meditação e da introspecção é fundamental no cristiciísmo para a magnetização dos neurônios. Durante a meditação, os praticantes são incentivados a dirigir sua atenção para dentro, sintonizando-se com suas próprias vibrações internas. Essa sintonização consciente facilita a amplificação das vibrações eletromagnéticas dos neurônios, permitindo que a mente se conecte com a vastidão do universo e alcance um estado de maior clareza e paz interior. Vale ressaltar que o cristiciísmo não se opõe à ciência convencional, mas, em vez disso, busca expandir nossa compreensão da realidade integrando os aspectos espirituais e energéticos. A visão de Adylson Godoy sobre a magnetização dos neurônios é uma abordagem holística que reconhece a complexidade da existência humana, abrindo portas para um diálogo profundo entre a ciência e a espiritualidade. A perspectiva cristiciísta oferece uma visão única sobre a magnetização dos neurônios, enriquecendo nosso entendimento sobre a mente humana e sua conexão com o universo. Através da prática da meditação e da busca da harmonia interna, os indivíduos podem explorar os reinos espirituais que se entrelaçam com o mundo físico. O mestre Adylson Godoy nos convida a olhar além das fronteiras da ciência convencional e a abraçar uma jornada de autodescoberta e expansão da consciência, onde a magnetização dos neurônios é um portal para a compreensão mais profunda do eu e do cosmos.

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Quadros Decorativos




terça-feira, 27 de junho de 2023

Compreendendo o Momento Energético Atual: Equilíbrio e Transformação



Momento Energético Atual - Pág 91 - Livro Cristiciísmo - Volume I


Existe no planeta Terra uma descompensação de campo muito grande, em função do excessivo grau de condensação dessas energias psíquicas, geradas pela violência, pelo desespero e pelas angústias, e que criam uma corrente vibratória negativa, não permitindo que a força divina de cada um flua acima de sua aura espiritual. 

Sobre a aura espiritual de cada criatura viva existe uma força de campo energético, de natureza psíquica. Quando a força é negativa, pode bloquear a penetração das energias mais sutis, que permitem as inspirações, intuições e força interior para alterar e melhorar a sua conduta e o seu comportamento. 

Por isso, a importância de todos os seres estabelecerem uma meditação constante, buscando elevar o pensamento para alcançar um melhor grau de integração. 

A leitura dos evangelhos e da força da palavra crística tem o poder de abrir os canais da mente racional e psíquica, fazendo com que a pessoa encontre condições próprias de estabelecer uma melhor capacidade de consciência e tomada de posição em relação à escolha do grau de penetração nos diversos tipos de energia que a pessoa está sendo capaz de criar e perceber, de acordo com o controle do seu pensamento.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Planetas retrógrados convidam a revisão de temas

Movimento de retrogradação aparente recebe interpretação simbólica na astrologia. Sem motivo para pânico, acompanhar esses ciclos é válido para planejamento, ensina a astróloga Virginia Gaia

Nos últimos anos, a popularização da astrologia fez com que a expressão “Mercúrio retrógrado” ganhasse maior espaço na vida das pessoas. Fenômeno conhecido desde a Antiguidade, a retrogradação dos planetas não deve ser temida, explica a astróloga e psicanalista Virginia Gaia. “No período em que um planeta está retrógrado no céu, há sempre a oportunidade para se repensar ou fazer ajustes nos temas simbolicamente atrelados a ele”, conta.

Diz-se que um planeta está retrógrado quando ele parece caminhar na direção oposta à sequência dos signos do zodíaco, na perspectiva de observação a partir da Terra. Esse fenômeno acontece em virtude das diferentes distâncias entre as órbitas dos planetas no Sistema Solar e a velocidade de cada um em seu movimento ao redor do Sol. Trata-se, portanto, de uma ilusão de ótica, já que as órbitas planetárias não são alteradas.

Todos os planetas ficam retrógrados em algum período. Dessa forma, conhecer antecipadamente a agenda das mudanças de direção aparente no céu é bastante útil, já que pede-se maior atenção aos temas regidos por determinado planeta, durante o seu período de retrogradação.

Em junho de 2023 estamos com dois Planetas retrógrados: Saturno (17 de junho até 4 de novembro) e Plutão (de 1 de maio até 10 de outubro). Na virada do mês, dia 30 de junho, Netuno também entrará em retrogradação e assim permanecerá até 6 de dezembro.

Saturno é o planeta do planejamento e dos grandes ciclos do tempo, então quando o planeta está retrógrado é hora de revisar os planos de longo prazo para reorientar a rota ou refazer o projeto.

Já Plutão rege a sexualidade, o ocultismo e o inconsciente, então é hora de temas tabu e as relações de poder serem revistas.

O planeta Netuno rege o psiquismo e os movimentos de massa, trazendo à tona os assuntos de coletividade, compaixão e religiosidade.

Abaixo, os planetas retrógrados em 2023 e os signos onde acontecem as retrogradações. Ao identificar a casa astrológica onde acontece a retrogradação de determinado planeta, é possível saber qual área da vida será afetada. Para calcular gratuitamente o mapa astral, saber o signo ascendente, bem como as casas astrológicas e áreas da vida regidas pelos signos em destaque, é só ir a este link: www.virginiagaia.com.br/mapa-astral-gratuito


Mercúrio retrógrado: planeta regente da comunicação e do cotidiano, Mercúrio retrógrado costuma gerar pequenos atrasos, dificuldades com aparelhos e transações eletrônicas.

- De 29 de dezembro de 2022 a 18 de janeiro de 2023, em Capricórnio
- De 21 de abril a 15 de maio, em Touro.
- De 23 de agosto a 15 de setembro, em Virgem.
- De 13 de dezembro de 2023, em Capricórnio, a 2 de janeiro de 2024, em Sagitário.

Vênus retrógrado: planeta regente dos relacionamentos e valores pessoais, Vênus retrógrado inspira revisões no campo da relações humanas e da diplomacia, além de gerar instabilidade nos temas relacionados às finanças.

- De 22 de julho a 3 de setembro, em Leão

Marte retrógrado: planeta regente da ação e da iniciativa, Marte retrógrado pode trazer a sensação de demora ou a de que todos os começos podem estar menos assertivos do que o habitual.

- De 30 de outubro de 2022 a 12 de janeiro de 2023, em Gêmeos.

Júpiter retrógrado: planeta regente da expansão, da educação e das grandes viagens, Júpiter retrógrado pede revisão nas questões relacionadas às crenças pessoais e às relações internacionais, além de alterar o ritmo de crescimento em projetos de longo prazo.

- De 4 de setembro a 30 de dezembro, em Touro.

Saturno retrógrado: planeta regente do planejamento e dos grandes ciclos de tempo, Saturno retrógrado demanda revisão dos planos e projetos de longo prazo.

- De 17 de junho a 4 de novembro, em Peixes.

Urano retrógrado: planeta regente da inovação e da tecnologia, Urano retrógrado gera reflexão sobre assuntos relacionados à ciência e às organizações sociais.

- De 24 de agosto de 2022 a 22 de janeiro de 2023, em Touro.
- De 28 de agosto de 2023 a 27 de janeiro de 2024, em Touro

Netuno retrógrado: planeta regente do psiquismo e dos movimentos de massa, Netuno retrógrado estimula revisão dos assuntos ligados à coletividade, à religiosidade e à compaixão.

- De 30 de junho a 6 de dezembro, em Peixes.

Plutão retrógrado: planeta regente da sexualidade, do ocultismo e do inconsciente, Plutão retrógrado evoca a reflexão sobre temas tabu, assuntos obscuros e as relações de poder.

- De 1° de maio, em Aquário, a 10 de outubro, em Capricórnio.

Sobre Virginia Gaia

Astróloga, taróloga, psicanalista e terapeuta holística, Virginia Gaia também ministra cursos e palestras para audiências variadas. Com presença constante como especialista em diversos meios de comunicação, é colaboradora fixa de conteúdo na Istoé. Estudiosa das ciências herméticas, do ocultismo, de religião e mitologia comparada há mais de 20 anos, Virginia é também sexóloga profissional e, em sua abordagem terapêutica, une conceitos das áreas de desenvolvimento da espiritualidade, da afetividade e da sexualidade para estimular o estabelecimento e a manutenção de relacionamentos melhores.

terça-feira, 13 de junho de 2023

Não se iluda: O seu mundo não é o real



Em um mundo permeado pela ilusão e pelo engano, é comum observar como as pessoas se perdem em suas próprias ilusões e esquecem da essência espiritual que as permeia. É como se, ao se depararem com a realidade material e palpável, elas se esquecessem de que são mais do que meros corpos físicos, mas sim espíritos encarnados em constante desenvolvimento.

Nessa jornada terrena, é fácil cair no engano de acreditar que o mundo ao nosso redor é a única realidade existente. Apegamo-nos às conquistas materiais, aos prazeres efêmeros e aos papéis que desempenhamos em nossa vida cotidiana. No entanto, ao fazê-lo, perdemos de vista a verdadeira natureza do nosso ser.

Somos seres espirituais vivendo uma experiência humana, e é nesse contexto que devemos buscar nossa compreensão mais profunda. O mundo material é apenas uma camada superficial, um véu que nos separa da realidade transcendental. Ao fixar nossa atenção apenas nesse plano físico, caímos em uma armadilha de ilusões, como se estivéssemos presos em um sonho coletivo.

O engano surge quando nos identificamos exclusivamente com as aparências e limitações da vida material. Esquecemos de olhar além das circunstâncias externas e explorar nossa essência espiritual. Ao nos esquecermos de nossa natureza divina, fechamos os olhos para o potencial infinito que reside dentro de nós.

Acreditar que o mundo material é o único real é uma cegueira espiritual que nos impede de despertar para uma visão mais ampla e profunda da existência. Quando nos identificamos apenas com nossos papéis sociais, títulos, posses e sucessos, nos limitamos a uma visão estreita de quem realmente somos. O verdadeiro "EU" está além dessas construções temporais e superficiais.

Reconhecer nossa natureza espiritual é abrir os olhos para a conexão com o divino e a compreensão de que somos parte de algo muito maior. Ao abraçar nossa essência espiritual, podemos transcender as ilusões do mundo material e experimentar uma verdade mais profunda e duradoura.

O despertar espiritual nos leva a questionar o que é verdadeiro e duradouro em contraste com as aparências passageiras. Reconhecemos que o amor, a compaixão, a sabedoria e a busca pelo crescimento interior são valores fundamentais, que transcendem as fronteiras do tempo e do espaço.

Portanto, é fundamental recordar que somos seres espirituais vivendo uma experiência humana. Nós, como espíritos encarnados, estamos aqui para aprender, evoluir e contribuir para o florescimento do universo. Ao abraçarmos essa perspectiva, liberamos as amarras do engano e nos abrimos para a vastidão de possibilidades que existe além das limitações do mundo material.

Que possamos despertar para a verdade de nossa natureza espiritual e encontrar significado e propósito em nossa jornada terrena, transcendendo o engano e abraçando a essência divina que habita em cada um de nós.


domingo, 11 de junho de 2023

Maria e Ayahuasca: A rede energética

 


Era um sábado cheio de expectativas, pois Maria havia decidido consagrar a Ayahuasca novamente. Ao acordar pela manhã, ela realizou suas tarefas e partiu com seu marido para encontrar seus novos amigos naquela Terra Sagrada.

Suas expectativas eram altas, mas também havia um certo receio em relação aos possíveis efeitos colaterais da "cura" que os xamãs mencionavam, como enjoos e desconforto intestinal. No entanto, ela sentia que deveria enfrentar o processo que estava por vir.

Ao chegar ao local, o casal foi recebido com alegria e respeito pelos novos amigos. Como não eram mais novatos, não precisaram passar por triagens ou orientações. Muitos dos xamãs mais experientes estavam vestidos de branco, usando colares e guias que representavam suas experiências espirituais na umbanda e sua formação xamânica. Os mestres que conduziriam a sessão, portando cajados, guiaram os convidados até o terreno onde a celebração aconteceria. Primeiro, os mestres auxiliares e os convidados já iniciados se dirigiram ao local. Todos pegaram instrumentos de percussão disponíveis e formaram um grande corredor humano pelos quais os recém-chegados passaram. Essa dinâmica é conhecida como "Corredor da Gratidão".

Um dos mestres auxiliares explicou que eles deveriam proporcionar aos recém-chegados a mesma recepção afetuosa e alegre que eles próprios receberam em sua primeira vez. Para Maria, foi uma honra poder participar dessa atividade, pois se sentia feliz por estar ali, mesmo sem saber o que esperar em seu próprio processo de consagração da Ayahuasca.

Quando chegaram a um campo aberto, coberto por uma lona ornamentada com estrelas, todos se sentaram separados por gênero, com os homens de um lado e as mulheres do outro. O mestre xamã evocou a proteção de seus guias ancestrais e começou a distribuir a poção para todos os iniciantes presentes.

Segurando o cálice com a mão direita e orientados pelo mestre, todos proferiram em voz alta a frase: "Eu consagro a Ayahuasca" e beberam o líquido. Alguns minutos depois, o mestre xamã, inspirado por uma força superior, pediu que todos os visitantes levassem suas cadeiras e cobertores para a parte externa da tenda.

Lá fora, a natureza demonstrava sua divindade e benevolência, com árvores centenárias emoldurando um céu estrelado. O mestre xamã convocou um de seus auxiliares, chamado "Mestre do Fogo", para acender uma grande fogueira no centro do terreno. Cerca de 50 pessoas estavam presentes, sentadas ao redor da fogueira acesa, em silêncio por alguns minutos. O que se ouvia eram os sons da natureza: grilos, vagalumes e a brisa suave que balançava as folhas. O estalar das brasas na fogueira também era audível. Maria percebeu que assim que a fogueira foi acesa, um pequeno sapo assustado saiu de lá, mas ao notar a presença das pessoas, rapidamente se escondeu.

A Ayahuasca leva alguns minutos para começar a fazer efeito, e durante esse curto período, com músicas inspiradoras e letras reflexivas, Maria começou a sentir as mesmas sensações da primeira vez. Suas mãos começaram a adormecer, um leve enjoo surgiu e seu intestino começou a fazer barulhos estranhos. Maria pensou: "Ai meu Deus, espero não ter problemas intestinais ou vomitar aqui...". Ao mesmo tempo, ela procurou onde seu marido estava sentado e se perguntou se ele estava bem. Após alguns olhares, viu seu marido sentado, tranquilo e concentrado nas palavras dos mestres e auxiliares.

Novas músicas foram entoadas, e Maria sentiu seu corpo congelar. Ela se cobriu completamente com seu cobertor, pois a umidade do sereno na cabeça misturava-se com o calor da fogueira, que aquecia suas pernas.

Maria já estava imersa em sua consagração quando uma música dedicada aos pais começou a tocar. Enquanto ouvia o depoimento de um dos participantes sobre seu pai, Maria percebeu que precisava fazer algo por seu próprio pai. Ela sabia que ele havia falecido longe da família e sozinho. Em uma experiência anterior fora da Ayahuasca, Maria havia visualizado seu pai em um lugar escuro, recusando ajuda dos amigos espirituais. Aproveitando a oportunidade, Maria fez uma oração por seu pai e enviou-lhe energias positivas.

Após alguns minutos, durante uma música, Maria começou a ver cores distorcidas e imagens incompreensíveis, o que a fez perceber que estava saindo de seu estado normal de percepção. Quando decidiu abrir os olhos, deparou-se com luzes no céu, surgindo e irradiando um brilho intenso. Essas novas luzes juntaram-se às estrelas, e várias correntes luminosas interligaram todas elas, formando uma imensa teia de energia iluminada.

Maria olhou para cima, para o alto, e percebeu que aquelas teias possuíam formas geométricas fascinantes. Ela contemplou a cena, mas algo dentro dela a instigou a aprofundar sua percepção. Sentiu-se grata, pois começou a entender que a natureza da Ayahuasca estava revelando a ela o funcionamento do sistema cósmico, invisível quando a mente não está expandida. Maria compreendeu a teia cósmica que interliga todos os planetas e estrelas por meio de correntes energéticas iluminadas.

"Preciso observar com mais detalhes", pensou Maria. De repente, a teia iluminada e interconectada pelos feixes de luz mudou de posição, permitindo que Maria visse uma imensa torre de energia composta pelos feixes dessas teias, saindo do alto do céu, das luzes estelares, e irradiando em direção à Terra, bem à sua frente. Essas ligações sutis não eram tão brilhantes quanto as luzes celestes, mas assumiam diferentes formas geométricas, de acordo com suas conexões.

Maria pensou: "Isso parece uma das naves espaciais que vemos nos filmes, mas com uma diferença. Elas não são peças fixas em um sistema voador, estão se movendo suavemente, como se flutuassem e observassem todo o ritual que ocorre na dimensão de Maria ao mesmo tempo."

Agradecendo por essa visão emocionante, Maria se questionou mentalmente: "Você é uma nave mãe ou várias naves flutuando aqui em cima?" Imediatamente, uma resposta ressoou em sua mente: "Somos várias naves compostas das moradas do Pai, que juntas formam uma nave mãe. Estamos aqui para auxiliar os irmãos da Ayahuasca a compreenderem que tudo, absolutamente tudo, está interligado."

Maria se emocionou profundamente enquanto sentia sua respiração ofegante. Ela retornou aos seus sentidos ao escutar o chamado do Xamã, convidando os participantes que desejassem tomar uma segunda dose da poção. Maria pensou: "Não... não quero me desconectar dessa visão e desse ensinamento, vou permanecer aqui..." Ela não queria parar de observar e ver aquilo. Tinha descoberto que as energias inteligentes interplanetárias sempre estiveram ao seu redor; ela simplesmente não possuía os olhos e a abertura mental necessária para vê-las. Agora, sabia que mesmo quando não estivesse sob o efeito da Ayahuasca, poderia ter a certeza de que essas energias existem e sempre estarão presentes quando ela quiser se conectar a elas.

Mais uma vez, o Mestre Anfitrião ecoou seu chamado, permitindo que os participantes que desejassem falassem. Vários irmãos se apresentaram com depoimentos e ensinamentos, que Maria ouviu atentamente, sem desviar os olhos das luzes que permaneciam no céu. Um Mestre Cristiciísta muito conhecido por Maria levantou-se e pediu a palavra. Surpresa com a atitude do homem, Maria desviou sua atenção das naves para ouvi-lo.

O Mestre Cristiciísta pediu licença ao Mestre Xamã para realizar uma das orações Cristiciístas diante do fogo sagrado. O Mestre Xamã anfitrião concedeu permissão ao Mestre Cristiciísta, e este, olhando para o céu, começou a entoar o que ele chamou de "Pai Nosso Cósmico" da Ordem de Melquisedec:

"Pai de toda vibração universal, santificados sejam os campos divinos de vibração superior. Venham a nós os mensageiros de luz, sejam cumpridas as leis evolutivas, assim nas esferas superiores como nos campos em transição evolutiva de vibração densa. O alimento espiritual de cada dia, dai-nos para toda a eternidade. Perdoa-nos, santificando o tempo que levamos no cumprimento de nossos resgates espirituais, assim como temos a obrigação de perdoar nossos irmãos, que privados de maior compreensão, não conseguem, em seu estágio atual de evolução espiritual, vibrar numa esfera superior e atingir estados mais elevados de consciência, onde a sabedoria espiritual livra o homem da condição de devedor. Não nos deixeis meditar sobre o que for contrário à evolução do espírito, mas dai-nos a força necessária para gerarmos a força necessária, a fim de possibilitarmos ao nosso espírito uma maior visão e uma maior compreensão do plano da criação. Em nome do Pai da Criação, dos Filhos Criados e dos Espíritos Puros, para a glória da missão superior."

Maria orou junto com o Mestre Cristiciísta, sentindo-se feliz e orgulhosa por tê-lo como amigo íntimo. Em seguida, um mestre Umbandista convidado participou da celebração com um defumador aromático. Vestido de branco, com um turbante na cabeça, ele percorreu o salão balançando o incensário de ferro grosso e emanando a fumaça sagrada, benzendo os mestres e aqueles que se levantavam para receber a benção. Sob a luz das naves que Maria contemplava no céu, os cânticos sagrados do umbandista ecoavam pelo salão, manifestados com potência e sabedoria ancestral.

Durante esse momento mágico, Maria sentiu em seu corpo a presença da Índia que havia se apresentado a ela em sua primeira sessão de Ayahuasca. Ela permitiu que essa presença a assistisse através de seus olhos, enquanto relaxava e permitia. Maria sentiu a Índia auxiliando na emissão de energia captada das luzes das naves que seus olhos contemplavam.

Após a benção do mestre umbandista, a cerimônia seguiu com a participação de uma terapeuta que tocou um sino com uma frequência sonora de paz e união. À meia-noite, durante o encerramento com os agradecimentos do Mestre Xamã anfitrião, as luzes ainda pairavam no céu. Maria percebeu que as redes de luz deixaram uma impressão fraca em sua percepção. Em silêncio, ela se reuniu com seu marido e juntos seguiram para uma confraternização, onde todos celebraram com alegria suas experiências pessoais.

Enquanto observava seus amigos conversando e desfrutando de pães, bolos, café e sucos, Maria refletia sobre como os seres humanos são semelhantes às estrelas que acabara de contemplar. Ela concluiu que os seres humanos, animais e vegetais formam uma rede atraída por semelhança e potência. À medida que os seres se integram, formam correntes de forças, assim como as naves que se uniram para formar a grande nave mãe em suas visões.

Maria compreendeu que o universo está se esforçando para conscientizar e reunir as sementes estelares encarnadas na Terra. Juntos, somos incubados em corpos de tamanhos e formas variados, mas com notáveis semelhanças biológicas, frutos da criação do Deus Pai Criador, a Força Integrada dos Elementos de Grau. Essa força está presente na centelha de Maria e em todos os seres que habitam este e outros planetas, em várias formas biológicas. Todos os integrantes da rede energética que conecta, transfere e compartilha conhecimento em diferentes graus, definindo a escala de evolução dos seres e de todas as consciências cósmicas.

Maria sentiu alívio por não ter tido incômodos orgânicos durante a sessão e adormeceu feliz por ter testemunhado de perto aquilo que sempre suspeitou que existisse. Ela se questionava sobre quais surpresas e vivências a Anciã Ayahuasca ainda reservaria para ela.

domingo, 28 de maio de 2023

Maria e a Ayahuasca: Uma história de vida

No coração do exuberante sítio, sob o manto estrelado do céu, o ritual de ayahuasca começou pontualmente às 20h, estendendo-se até a meia-noite. O mestre da cerimônia, um respeitado xamã da cidade, conduziu cada etapa com força e sabedoria, imbuído do profundo conhecimento ancestral.

À medida que os participantes entravam em contato com o chá sagrado, durante o transe, eles passavam por uma série de estágios de conhecimento que poderiam desencadear reações de purificação orgânica, manifestadas por vômitos e diarreias. O xamã contava com a ajuda dos guardiões e guardiãs, que estavam presentes para auxiliar e proteger todos os iniciados nessa jornada transformadora.

Antes do início da cerimônia, breves palestras foram realizadas para informar a todos que, uma vez ingerida, a ayahuasca permaneceria infinitamente no organismo vivo, proporcionando uma conexão contínua com os espíritos da planta. Enquanto a celebração prosseguia, entoavam-se diversas músicas espirituais com o propósito de criar uma sintonia harmoniosa entre os participantes e as energias sutis do universo. O xamã evocou a presença dos guias médicos e pajés, solicitando sua intervenção espiritual na cura de todas as doenças.

Os guardiões e guardiãs, vestidos de branco imaculado, moviam-se pelo lado externo do círculo, reverenciando a natureza em sua magnificência. Por vezes, paravam para contemplar o céu em uma cena mágica de encantamento, em que a escuridão da noite contrastava com o brilho resplandecente de suas vestimentas. A entidade que habitava o corpo de Maria observava tudo com apreciação, sentindo a beleza do momento.

De repente, um tremor incontrolável começou a tomar conta das pernas de Maria, e uma voz interior lhe dizia para relaxar, pois aquilo fazia parte de um processo de "sacudimento" para realizar uma cura profunda. Quase no fim de seu transe, com o corpo gelado e agitado, Maria pôde perceber a aparição de uma figura imponente: um faraó com mais de dois metros de altura, usando um chapéu egípcio e vestindo uma bata preta com uma gola em "V" ornamentada com bordados dourados. Segurando altivamente um cajado, essa entidade, cujo rosto não era visível, movia-se de um lado para o outro, parecendo acompanhar o encerramento do ritual e proteger todos os presentes.

Enquanto o faraó enigmático preenchia o ambiente com sua presença majestosa, Maria sentia a intensidade da energia sagrada, compreendendo que aquela era uma bênção especial concedida pelo universo. Apesar do tremor e do frio que percorriam seu corpo, ela se entregava à cura e à transformação que aconteciam naquele momento.

Quando o ritual chegou ao fim, os participantes emergiram do transe, com o coração cheio de gratidão e reverência. Cada um levava consigo as memórias e os ensinamentos daquela experiência transcendental, prontos para integrar as lições aprendidas em sua jornada de vida.

No silêncio do sítio, as energias sutis continuavam a ecoar, testemunhando a conexão entre o mundo material e o espiritual, e reafirmando a força curativa e transformadora da ayahuasca.

Após a experiência reveladora, uma boa parte do grupo refletiu seus sentimentos e conhecimentos, aquecidos próximos de uma fogueira. O dia já estava amanhecendo quando Maria retornou ao lar, com espírito renovado, com a alma iluminada com luzes de sabedoria.